Chumbo

O chumbo no ar ambiente encontra-se na forma de chumbo tetraetila e os indivíduos nas grandes cidades apresentam maior concentração desta forma do metal oriunda dos aditicos anti-centelha da gasolina. A extração de chumbo aumenta, anualmente e, e está hoje, aproximadamente em quatro milhões de toneladas por ano. A remoção do metal das tintas e gasolina reduziu a concentração média nas crianças dos Estados Unidos.

O chumbo ingerido é, avidamente, depositado no esterno e ossos longos. Nos tecidos, forma um composto difosfato solúvel semelhante ao cálcio, passando a apresentar propriedades semelhantes a este metal e o corpo não distingue, claramente, entre eles, sendo depositado na parte ativa do osso. Pode ser um recurso de proteção tirar chumbo do plasma para mão reagir com aminoácidos sulfidrílicos. O metabolismo ósseo ao retirar cálcio do osso, libera também o chumbo. Logo, o tratamento deverá ser planejado para solubiilizar o depósito de chumbo em forma não iônica, para que possa ser excretado sem dano às proteínas. As dietas deverão conter cálcio, para minimizar a necessidade de reabsorção de cálcio do osso.

Pode afetar o desenvolvimento cerebral já na fase intrauterina do feto, ocasionando na criança desvios do comportamento, redução do QI e retardamento mental. As crianças absorvem mais rapidamente e retêm por mais tempo o chumbo que os adultos. No SNC do adulto, a contaminação pode ocasionar degeneração mielínica, bloqueio pré-sináptico e proliferação da glia. A desmielinização periférica causada pelo chumbo pode causar paralisia dos músculos extensores das mãos e dos pés. Pode ocorrer aumento de creatinina.

Recentemente foi relacionado ao aumento de um derivado endotelial vasoconstrictor (endotelina-3) associado com a diminuição do GMPc como um segundo mensageiro para a formação do NO. O chumbo via ligação com calmudolina ativaria a fosfodiesterase, convertendo o AMPc em oxidativo. Existe um antagonismo entre o chumbo e o Mg que deve ser utilizado no tratamento, principalmente, se há também intoxicação pelo cádmio.

Deve-se suspeitar de contaminação por chumbo em pacientes com Síndorme da Fadiga Crônica, Osteoporose, infertilidade em ambos os sexos, Hipertensão Arterial  e anemias não ferroprivas. O hipertiroidismo pode mobilizar chumbo do osso. Sintomas comuns: epigastralgia, constipação, impotência, insuficiência renal crônica.Pode  surgir na gengiva uma linha-azul-acinzentada conhecida como Orla de Burton.

Para determinação da intoxicação pelo metal podem ser investigados seus biomarcadores de exposição no sangue e na urina. Em seres humanos os biomarcadores refletem os níveis do chumbo circulante, devido a uma exposição recente, podendo ainda indicar valores aproximados da quantidade do metal acumulado e os seus efeitos nos diferentes órgãos do corpo.

O chumbo é reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um dos elementos químicos mais perigosos à saúde humana. Dentre os vários compostos onde o chumbo está presente, destacam-se dois  grupos tóxicos que englobam essa diversidade e apresentam diferenças de toxicidade: 1- Chumbo Inorgânico: a intoxicação por este grupo ocorre, principalmente através da via respiratória e digestiva. O chumbo inorgânico distribui-se, inicialmente, nos tecidos moles e posteriormente, sofre redistribuição e deposição nos ossos, nos dentes e no cabelo. Quase todo o chumbo inorgânico circulante encontra-se associado aos eritrócitos. 2 – Chumbo Orgânico: a intoxicação por este grupo ocorre, principalmente, através do chumbo tetraetila e tetrametila. Apresentam características lipossolúveis, sendo facilemnte absorvidos pela pele, trato gastrointestinal e pulmões.

A maioria dos indicadores biológicos de efeito é usada na detecção precoce de alterações biológicas, quando estas ainda não representam risco para a saúde, assim como, no diagnóstico de intoxicação ou prognóstico, quando os efeitos considerados críticos já existem. Ao analisar os resultados da monitorização biológica é necessário que se considere fatores fisiológicos, patológicos e hábitos da exposição. A diferença de sexo, idade, o hábito de fumar, o consumo de bebidas alcoólicas, o uso de fármacos, alterações renais e respiratórias, podem influenciar nos níveis dos indicadores biológicos.

No entanto, alguns estudos sugerem que o chumbo sanguíneo não representa, adequadamente, os níveis desse elemento nos ossos e nem no plasma. Outro indicador biológico é a determinação de chumbo e urina, que caracteriza uma exposição recente, mas, todavia, sofrem variações relacionadas a fatores ambientais, dieta, função renal e ingestão de líquidos.

As fontes mais comuns de chumbo são: tintas, baterias, cristais, vidros, tabaco, latas, panelas elétricas, vinhos, destilados clandestinos, poluição atmosférica, gasolina, spray, pesticidas, funilaria de automóveis, soldagem da indústria eletrônica, àgua e solo.

Prática Ortomolecular. Uma Abordagem por Casos Clínicos

Dr.Artur Lemos

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